segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Astrônomos revelam suas mais belas fotos




Duvido que alguém aqui não ache maravilhosas as imagens do espaço! A de cima mostra a região formadora de estrelas Cygnus X, que fica a cerca de 4.500 anos-luz de distância, na constelação do Cisne.
Essa e outras imagens foram selecionadas há pouco tempo, em um encontro de astrônomos de várias partes do mundo na Sociedade Astronômica Americana, em Austin, no Texas (EUA), no qual cada um revelou suas melhores fotos. Confira mais algumas:[MSN]
 Essa foto é na verdade um mosaico de imagens construído através de pesquisas da NASA, que mostra uma seção enorme da Via Láctea. Nela, os pontos azuis são estrelas, e as áreas verde e vermelha representa a luz emitida principalmente pela poeira interestelar.
 Essa imagem mostra a galáxia Grande Nuvem de Magalhães em luz infravermelha. A região mais brilhante no centro-esquerdo da imagem é chamada Nebulosa da Tarântula.
 Já essa imagem mostra a galáxia Pequena Nuvem de Magalhães em luz infravermelha. As duas galáxias – Pequena e Grande Nuvem de Magalhães – são as duas maiores galáxias satélites da nossa galáxia, a Via Láctea.

Fotos incríveis: as belas e esfomeadas plantas carnívoras




Não são apenas os animais que se alimentam de plantas: algumas vezes são os bichos que viram a “salada” delas.
Embora haja descrições de plantas se alimentando de humanos, até hoje não encontramos nenhum vegetal que tenha realmente digerido uma pessoa – então aquelas enormes plantas carnívoras prontas para te mastigar são um mito.
Mas não se iluda. Algumas plantas estão longe de serem inofensivas e não se alimentam apenas de insetos, mas de animais maiores.
Uma das mais conhecidas é a chamada “Armadilha de Vênus” (acima), que vive em áreas úmidas e em pântanos, se alimentando de pequenos insetos. Algumas pessoas até as adotam como “plantinhas de estimação” e caçam formigas para alimentá-la. O mais incrível sobre essa planta não é a sua aparência, mas seu mecanismo. Qualquer bichinho que fique preso entre suas “mandíbulas” acaba preso em uma armadilha similar às usadas para prender patas de ursos e outros grandes animais. Depois as folhas se fecham e viram um estômago, borbulhante de enzimas que digerem sua presa.
As plantas “de jarro” usam uma técnica mais simples – elas atraem suas presas usando um perfume irresistível. Quando os bichinhos, encantados com o maravilhoso cheiro, se aproximam, eles caem dentro dela e não conseguem mais sair, sendo digeridos pela belíssima assassina. Esse tipo de planta aparece em todos os tamanhos e as maiores não atraem apenas insetos, como se alimentam de ratos e de pequenos lagartos.
Essa variedade acima de planta de jarro é conhecida como “lírio cobra”, por seu formato peculiar. Ao contrário de suas companheiras, ela não consegue digerir seus lanches sozinha, pois não têm as enzimas necessárias. Bactérias em seu interior fazem o “trabalho sujo” enquanto ela aproveita os nutrientes já processados por elas.
A linda planta orvalho (acima) possui outro mecanismo para fazer com que suas presas fiquem grudadas nela tempo suficiente para serem digeridas. Suas folhas são cobertas de pequenos pêlos que, por sua vez, são cobertos de uma espécie de cola muito poderosa. Quando um inseto inocente fica preso nela a planta se contrai mais ainda, fazendo com que mais pêlos cheios de cola entrem em contato com o bicho, tornando a fuga impossível.
A kudzu (ou kudzilla, como é conhecida entre os americanos) é uma planta nativa do Japão e ela não é carnívora. Mas achamos que ela merecia uma menção honrosa.
Em 1870, aproximadamente, era usada para fabricar chá, papel, gelatina, tinta e mais uma pá de outras coisas. Os EUA, interessados no potencial comercial de tal maravilha, importaram alguns exemplares. Mal sabiam o que estava prestes a acontecer.
Atualmente uma boa parte do sudeste dos EUA está coberto (isso mesmo, coberto – veja as fotos) por kudzu. Essa planta feroz não só cresce sobre as estruturas, como uma trepadeira comum, mas destrói tudo o que estiver em seu caminho, estrangulando tudo em seu caminho. [DarkRoastedBlend]

Espécie de margarida se finge de mosca fêmea para atrair os insetos machos




O mundo vegetal tem alguns exemplares mais espertos do que imaginamos. Na África do Sul, existe uma espécie de margarida (sim, uma flor) que engana os insetos para poder espalhar seu pólen com mais eficiência. A descoberta, feita por pesquisadores de duas diferentes universidades sul-africanas, mostra que a tal flor, Gorteria diffusa, usa um truque já conhecido pelas orquídeas: se faz passar por uma fêmea de determinado inseto, e o macho dessa espécie tenta copular com as pétalas da planta.
Com o contato prolongado, o inseto (que obviamente não atinge o seu objetivo sexual) espalha o pólen, passando de flor em flor. A margarida inteligente se disfarça da seguinte forma: suas pétalas mudam de cor, formato e textura, para assemelhar-se ao corpo de uma fêmea. O inseto macho, visualmente atraído, pousa na flor, acaba apenas alimentando-se do néctar, mas fica com o corpo impregnado do pólen por causa disso.
Quando finalmente “percebe” que foi iludido, e que aquela suposta mosca fêmea é apenas uma pétala de margarida, ele voa a procura de uma mosca verdadeira. No caminho, vai carregando o pólen, encontra outra dessas pétalas disfarçadas, vai até lá, e faz a mesma coisa. Assim, entretém o processo reprodutivo da flor por um longo tempo.
Os pesquisadores sul-africanos ainda fizeram uma experiência interessante: ao substituírem o pólen por um pó fluorescente eles perceberam um ímpeto ainda maior dos machos em avanças nas pétalas disfarçadas. Isso confirma a intensidade da atração visual que as pétalas exercem, e mostra que as flores procuram se aproveitar ao máximo dos insetos mais “ardentes”, digamos assim, que procuram a todo custo uma companheira para copular. [New Scientist]

É descoberta superfamília de insetos que realiza fotossíntese




Tudo indica que nossos livros de Biologia sofrerão nova revisão este ano, principalmente no que tange à diferenciação entre animais e vegetais.
Afinal foi confirmada a capacidade da superfamília dos afídeos de realizar fotossíntese de acordo com o artigo “Light- induced electron transfer and ATP synthesis in a carotene synthesizing insect” publicado na revista Nature desta semana pelos pesquisadores franceses Jean Christophe Valmalette, Aviv Dombrovsky, Pierre Brat, Christian Mertz, Maria Capovilla e Alain Robichon.
Como antecipado aqui no Hypescience em maio de 2010, a superfamília dos afídeos, que incluem os pulgões apresentam características no mínimo desconcertantes. Além dessa suspeição de captar DNA de outros seres, são capazes de realizar partenogênese. Em outras palavras as fêmeas dessa superfamília procriam sem precisar de machos que as fecundem. Assim, as fêmeas podem nascer grávidas e depois parir essas crias que também nascem grávidas, e assim sucessivamente.
Agora, essa insólita superfamília figura também na galeria dos seres autotróficos. Em outras palavras são capazes de realizar a elaboração de nutrientes, de maneira análoga a das plantas, por meio de um processo muito similar ao da fotossíntese.
De acordo com o citado artigo da Nature esses insetos são os únicos entre os animais capazes de sintetizar pigmentos chamados carotenoides. Pigmentos esses, típicos de vegetais, responsáveis pela regulação do sistema imunológico e também pela elaboração de grupos de vitaminas, tais como a vitamina A, por exemplo.
Sem dúvida é uma adaptação singular do fenótipo dessa espécie de afídeo denominadaPisum acyrthosiphon, com comportamento selecionado em condições de baixa temperatura e caracterizada por uma aparição notável de uma cor esverdeada que se altera para o amarelo-avermelhado.
A produção desses pigmentos carotenoides envolvem genes bem específicos responsáveis, por exemplo, pela ação de cloroplastos típicos dos vegetais e surpreendentemente presente no genoma do pulgão, provavelmente por transferência lateral durante a evolução.
A síntese abundante desses carotenoides em pulgões sugere um papel fisiológico importante e desconhecido muito além de suas clássicas propriedades antioxidantes.
O artigo relata a captura de energia luminosa durante o processo metabólico por meio da foto transferência de elétrons induzida a partir de cromóforos excitados. Os potenciais de oxirredução das moléculas envolvidas neste processo seriam compatíveis com a redução do NAD + coenzima. Em, outras palavras, um sistema fotossintético – que mesmo sendo rudimentar – é capaz de utilizar esses elétrons foto-emitidos no mecanismo mitocondrial a fim de sintetizar moléculas de ATP, ou seja, fornecer energia útil para sustentar o organismo em seu ciclo vital.
Além de modificar os conceitos clássicos em nossas aulas de Biologia essa descoberta promete elucidar, entre outros enigmas da ciência moderna, a forma como a vida tem evoluído em nosso planeta.
-o-
[Imagem: Pulgões - Acervo do Hypescience]